No amazonas,
uma quantidade imensa de vestígios arqueológicos como grandes urnas e potes
cerâmicos são encontrados.
Em vários municípios o fenômeno do afloramento de
peças indígenas, ponta de lanças e flechas em ossos é uma constante. Exigindo
do poder local, um olhar diferenciado e uma forma de gestão sensível de
preservação ao mesmo tempo em que a população ribeirinha que normalmente
encontram as peças e por muitas vezes literalmente “andam e pisam em cima
delas”, exigem do poder publico algum tipo de retorno e qualificação na lida
com as peças arqueológicas.
Os ribeirinhos, ao contrario do que se pensa, sabem
do valor cultural e cientifico dos achados.
Numa visita num sitio arqueológico
na região do município de maués denominado Canarana, há 25 minutos num bote
movido a motor de 40 hps constatamos esta premissa.
Os moradores e lideres nos
disseram reconhecer e entendem que a valorização deste patrimônio deve retorna
a comunidade em forma de “renda extra” (como eles mesmo alcunham) com o turismo
ecológico que vai desde o café da manha, com pernoite na comunidade com focagem
de jacaré, observação e fotografia de pássaros, pesca e pequenos espetáculos
musicais com desempenho de grupos culturais da própria comunidade e convidados.
Segundo o sociólogo Carlos Garcia esta demanda existe e uma parte destes
serviços é fácil de operacionalizar, diz ele, e o Sitio Arqueológico da
Comunidade do Canarana pode se tornar parada obrigatória de pessoas
interessadas em fazer um turismo que cresce muito no planeta que se chama o
turismo de aventuras e esportes radicais em floresta. O sociólogo Carlos Garcia
é um aficionado do tema e motivador da comunidade para que consigam construir
um espaço onde as peças possam estar dispostas de forma
adequada; serem vistas e apreciadas por todos que por lá aparecem em busca de
informação, seja elas,pesquisadores ou aventureiros radicais.
Carlos Garcia
– Sociólogo
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